domingo, 27 de julho de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Banco de livros
À semelhança dos anos anteriores, promovemos a reutilização de livros escolares, ajudando assim os estudantes mais necessitados e facilitando a troca de livros escolares de forma gratuita.
O banco de livros, criado na Biblioteca Municipal ...de Seia, funciona para livros escolares até ao 12º ano.
Para entregar os livros escolares que já não necessita, e que estejam em bom estado, basta dirigir-se à B.M. de Seia nos meses de Junho a Setembro.
O banco de livros, criado na Biblioteca Municipal ...de Seia, funciona para livros escolares até ao 12º ano.
Para entregar os livros escolares que já não necessita, e que estejam em bom estado, basta dirigir-se à B.M. de Seia nos meses de Junho a Setembro.
terça-feira, 8 de julho de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
Poema do mês de julho
As pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."
Ó vendilhões do templo
Ó constructores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas

De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."
Ó vendilhões do templo
Ó constructores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
Sophia de Mello Breyner Andresen
(Livro sexto)
(Livro sexto)
Livro do mês de julho
A
juventude é cheia de ignorância, de sonhos, de loucuras, e qualquer suspiro ou
brisa a perturba. É cheia de paixões perigosas e de ilusões arrogantes. Estas
são palavras do tutor da Vanina, a jovem veneziana que se alimenta dos próprios
sonhos até ser despertada…
O Colar é uma peça de teatro que tem como
cenário a cidade de Veneza e apresenta a história da jovem Vanina, que se
apaixona por Pietro, um fidalgo arruinado que ganha a vida a (en)cantar pelos
canais da cidade.
Sophia
de Mello Breyner nasceu a 6 de novembro 1919, no Porto, onde passa a infância.
Entre
1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os
primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia.
Casada
com Francisco Sousa Tavares, passa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos.
Participa ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de
Abril, deputada à Assembleia Constituinte.
Autora
de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também
contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro. Traduz Eurípedes,
Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, alguns poetas portugueses.
Recebeu
entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio
Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. Foi a primeira vez que um português
venceu este prestigiado galardão, que, para além do valor pecuniário, significa
ainda a edição de uma antologia bilingue (português-castelhano), o que levará a
autora a um vastíssimo público que cobre os países latino-americanos.
Com
uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos
antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os
seres, os tempos, os mares, os dias. A sua obra, várias vezes premiada está
traduzida em várias línguas.
Sophia
de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa.
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