terça-feira, 12 de novembro de 2019
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
Poema do mês de novembro: Procuro-te
Procuro a
ternura súbita,
os olhos ou o sol por nascer
do tamanho do mundo,
o sangue que nenhuma espada viu,
o ar onde a respiração é doce,
um pássaro no bosque
com a forma de um grito de alegria.
os olhos ou o sol por nascer
do tamanho do mundo,
o sangue que nenhuma espada viu,
o ar onde a respiração é doce,
um pássaro no bosque
com a forma de um grito de alegria.
Oh, a carícia
da terra,
a juventude suspensa,
a fugidia voz da água entre o azul
do prado e de um corpo estendido.
a juventude suspensa,
a fugidia voz da água entre o azul
do prado e de um corpo estendido.
Procuro-te:
fruto ou nuvem ou música.
Chamo por ti, e o teu nome ilumina
as coisas mais simples:
o pão e a água,
a cama e a mesa,
os pequenos e dóceis animais,
onde também quero que chegue
o meu canto e a manhã de maio.
Chamo por ti, e o teu nome ilumina
as coisas mais simples:
o pão e a água,
a cama e a mesa,
os pequenos e dóceis animais,
onde também quero que chegue
o meu canto e a manhã de maio.
Um pássaro e
um navio são a mesma coisa
quando te procuro de rosto cravado na luz.
Eu sei que há diferenças,
mas não quando se ama,
não quando apertamos contra o peito
uma flor ávida de orvalho.
quando te procuro de rosto cravado na luz.
Eu sei que há diferenças,
mas não quando se ama,
não quando apertamos contra o peito
uma flor ávida de orvalho.
Ter só dedos e
dentes é muito triste:
dedos para amortalhar crianças,
dentes para roer a solidão,
enquanto o verão pinta de azul o céu
e o mar é devassado pelas estrelas.
dedos para amortalhar crianças,
dentes para roer a solidão,
enquanto o verão pinta de azul o céu
e o mar é devassado pelas estrelas.
Porém eu
procuro-te.
Antes que a morte se aproxime, procuro-te.
Nas ruas, nos barcos, na cama,
com amor, com ódio, ao sol, à chuva,
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te.
Antes que a morte se aproxime, procuro-te.
Nas ruas, nos barcos, na cama,
com amor, com ódio, ao sol, à chuva,
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te.
Eugénio de Andrade, in "As Palavras Interditas"
Livro do mês de novembro: "Vertigem assassina", de Nelson DeMille
Depois de um embate com um famigerado terrorista conhecido como O
Leopardo, John Corey saiu da Unidade Antiterrorista e regressou a casa, na
cidade de Nova Iorque. Arranjou emprego no Grupo de Vigilância Diplomática
(DSG). Embora se pense que a nova tarefa de Corey no DSG - vigiar diplomatas
russos que trabalham na missão na ONU - é um «trabalho calmo», ele não se
importou nada de se livrar das garras do FBI, libertando-se da burocracia da
vida de escritório. Corey apercebe-se, contudo, de algo que o Governo dos
Estados Unidos deixou escapar: a ameaça bem real de uma Rússia que está a ressurgir.
Clarividente e arrepiante, o novo romance de DeMille leva-nos ao
coração de uma nova Guerra Fria, com uma conspiração que tem Manhattan na mira
e obriga a um verdadeiro contrarrelógio.
DeMille
nasceu na Jamaica
(Queens) e reside
atualmente em Garden City (Nova York),
uma localidade em Long Island. Frequentou
a Elmont Memorial High
School em Elmont (Nova Iorque), e formou-se na Universidade de Hofstra.
DeMille
serviu no Exército
dos Estados Unidos como primeiro-tenente,
estando em ação na Guerra
do Vietnam.
Nelson DeMille
construiu uma carreira literária marcada por enormes sucessos mundiais. Sete
dos seus livros chegaram ao primeiro lugar do New York Times e da Publishers
Weekly, tendo totalizado, em conjunto, 380 semanas na lista dos mais
vendidos. É um dos três escritores que mais vendem em todo o Mundo, superando
os 100 milhares de exemplares. Os seus romances têm sido amplamente aclamados
pelo público e pela crítica.
Na Marcador, publicou os livros A Ilha do Medo, O Jogo do Leão, Quando a Noite Cai, Fogo Mortal, O Leão, O Jogo do Leopardo, Força Divina e Vertigem Assassina.
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