sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Maratona de cartas 2015 - Amnistia Internacional

No Agrupamento de Escolas de Seia, realizou-se, no dia 10 de dezembro, a Maratona das Cartas 2015 da Amnistia Internacional. Esta atividade contou também com a realização de três sessões de sensabilização/esclarecimento quer da Amnistia Internacional quer dos casos apresentados para este ano. As sessões foram dinamizadas pelo professor António José Ferreira, docente de Educação Moral e Religião Católica (EMRC), do Agrupamento de Escolas de Seia.
Vários grupos de alunos estiveram presentes e deram o seu contributo neste grande evento anual desta organização Internacional de Direitos Humanos que mobiliza milhões de ativistas pelo mundo inteiro. Desejamos que a sua assinatura faça a diferença na vida de Rafael, de Yecenia, de Costas e das Meninas de Burkina Faso.
No final, os participantes fizeram a diferença formando um coração humano.
Agradecemos o contributo dos professores Manuela Silva (Biblioteca ESS), António José Ferreira (EMRC), Estela Brito (EMRC), Cristina Almeida Oliveira (EMRC), Cristina Nunes (ESS), turma G, do 11º ano, do Curso Profissional de Análises Laboratoriais e, principalmente, a todos os que HOJE fizeram a diferença.

Bem-Haja.




Filme do mês de dezembro: "O leão da Estrela"

Título original: O Leão da Estrela
Género: COMÉDIA
Ano: 2015
Realizador: Leonel Vieira
Elenco: Miguel Guilherme, Sara Matos, Ana Varela, Dânia Neto, Manuela Couto, Aldo Lima, André Nunes, José Raposo, Alexandra Lencastre
País(es): Portugal
Duração: 1h 40m

Remake da popular comédia de 1947, com António Silva, Milú, Maria Eugénia e Laura Alves. Anastácio, um alucinado e fanático adepto do Sporting, vai ao Porto assistir a um desafio decisivo.
Instala-se com a família em casa dos Barata, que conheceram nas Caldas da Rainha e cujo filho Eduardo namorisca a bela Jujú, a filha de Anastácio.
Este, um compulsivo farsante e imaginativo mentiroso, faz-se passar por um abastado homem de negócios e as coisas correm da melhor forma no Porto.
Mas quando Barata anuncia uma visita a Lisboa com a família, Anastácio fica em pânico. Porém, não se deixa abater e monta uma engenhosa farsa de aparências e mentiras, que vai terminar numa monumental confusão….

Não é, claro, o melhor filme nacional de sempre. Nem é comparável ao original de Arthur Duarte (1947). Mas tem grandes atores, boa fotografia, um realizador competente e esforçado e… é português! Leva gente ao cinema, é divertido e é… DEVER IR VER!!!!
No Cine Teatro de Seia/Casa da Cultura, dias 18, 19 e 20 de dezembro, sempre às 21:30.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Livro do mês de dezembro: "A escriba", de Antonio Garrido

Alemanha, ano 799. Carlos Magno, em vésperas de ser coroado imperador do Ocidente, encarrega Gorgias, um ilustre escriba bizantino, da tradução de um documento de vital importância para o futuro da Cristandade. O trabalho deverá ser executado no mais absoluto segredo.
Entretanto, Theresa, filha de Gorgias e aprendiz de escriba, é falsamente acusada de um crime e procura refúgio na cidade alemã de Fulda, perdendo o contacto com o pai. Aí, conhecerá Alcuino de York, um frade britânico que investiga uma terrível epidemia que assola a população. Quando Theresa é informada do desaparecimento misterioso de Gorgias, ela e Alcuino embarcam numa aventura inquietante para o encontrar e infiltram-se numa teia conspirativa de ambição, poder e morte, em que nada nem ninguém é o que parece e da qual depende o futuro do mundo ocidental.
Combinando o rigor histórico com uma prosa de ritmo trepidante, este romance de Antonio Garrido conduz o leitor por cidades, claustros e abadias medievais, num thriller apaixonante inspirado em factos reais.


Antonio Garrido, nascido em Linares em 1963, estudou Engenharia Industrial e leciona na
Universidade Politécnica e na Universidade CEU Cardenal Herrera, ambas em Valência.

O Leitor de Cadáveres foi muito bem acolhido pela crítica, tendo recebido o Prémio Internacional de Romance Histórico "Ciudad de Zaragoza", um dos mais importantes galardões do género. O seu primeiro romance, A Escriba, obteve um enorme sucesso em Espanha, tendo sido traduzido para treze idiomas.

Poema do mês de dezembro: "Dia de Natal", de António Gedeão

DIA DE NATAL

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa excelência verificou a hora exata em que o Menino Jesus nasceu?)
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
E como se tudo aquilo nos dissesse diretamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bençãos e favores.

A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha em pijama.

Ah!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.


António Gedeão

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Filme do mês de novembro: As sufragistas

Título original: Suffragette

Realizador: Sarah Gavron
Atores: Carey Mulligan , Anne- Marie Duff, Helena Bonham Carter, Meryl Streep,  Adam Nagaitis, Adrian Schiller.
Argumento: Abi Morgan
Género:  Drama histórico
Classificação:  M/12
Outros dados: Reino Unido, 2013, Cores, 106 min.

O início da luta do movimento feminista e os métodos incomuns de batalha. Mulheres que, forçadas à clandestinidade, enfrentaram os seus limites pela causa e desafiaram o Estado extremamente opressor. A história destas ativistas, maioritariamente da classe operária e dispostas a perder tudo na luta pela igualdade, é baseada em factos reais.






Em Seia, no Cine Teatro da  Casa da Cultura, nos próximos dias 20, 21 e 22 de novembro, pelas 21:30h.


Obras selecionadas para o Concurso Nacional de Leitura 2015/2016


Regulamento do Concurso Nacional de Leitura 2015-2016

Concurso Nacional de Leitura


domingo, 8 de novembro de 2015

Boletim informativo: novidades de novembro






Poema do mês de novembro: "Voz de Outono", de Antero de Quental

Voz de Outono

Ouve tu, meu cansado coração,
O que te diz a voz da Natureza:
— «Mais te valera, nú e sem defesa,
Ter nascido em aspérrima soidão,

Ter gemido, ainda infante, sobre o chão
Frio e cruel da mais cruel deveza,
Do que embalar-te a Fada da Beleza,
Como embalou, no berço da Ilusão!

Mais valera à tua alma visionária
Silenciosa e triste ter passado
Por entre o mundo hostil e a turba vária,

(Sem ver uma só flor, das mil, que amaste)
Com ódio e raiva e dor... que ter sonhado
Os sonhos ideais que tu sonhaste!» —


Antero de Quental, in "Sonetos"