quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Projecto "As 5 Portas da Leitura: Promoção do Livro e da Leitura"



Projecto premiado pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) com a Candidatura de Mérito 2009, para ser desenvolvido nos anos lectivos 2009-2011.

Plano Anual de Actividades da BE

Boas Festas!



A equipa da Biblioteca Escolar

Poema do mês de Dezembro: "Poema do Menino Jesus"

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão 
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.


Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

                          Alberto Caeiro 

Livro do mês de Dezembro: "Helena de Tróia"

Filha de um deus, mulher de um rei, prémio da guerra mais sangrenta da Antiguidade, Helena de Tróia inspira artistas há milénios. Margaret George dá nova vida ao grande conto homérico, pondo Helena a narrar a própria história. Através dos seus olhos e da sua voz, vivemos a descoberta da jovem Helena sobre a sua origem divina e beleza avassaladora. Pouco mais do que uma menina, Helena casa-se com Menelau, rei de Esparta, e dá-lhe uma filha. Aos vinte anos de idade, a mulher mais bela do mundo estava resignada com um casamento desapaixonado - até encontrar o atraente príncipe troiano, Páris. E quando os apaixonados fogem para Tróia, guerra, assassínio e tragédia tornam-se inevitáveis.
Em Helena de Tróia, Margaret George capturou uma lenda intemporal num conto hipnotizante acerca de uma mulher cuja vida estava destinada a criar conflito... e a destruir civilizações.

Margaret George  é uma americana de décima geração e autora de alguns dos romances históricos mais aclamados dos últimos anos. Reside, desde há longa data, em Wiscosin, com o seu marido, uma grande família de tartarugas domésticas e muitos, muitos livros. Viaja muito pelo Egipto, Israel, Roma ou Inglaterra para fazer pesquisa.
Começou a escrever romances com oito anos de idade e desenhava as suas próprias ilustrações. Sempre foi apaixonada por cavalos, mas acabou por focar a sua atenção em personagens históricas, normalmente mal-amadas pelo povo. O seu primeiro romance, A autobiografia de Henrique VIII, pretendia ser uma análise psico-biográfica, mas acabou por ser um romance histórico
Da mesma autora, destacam-se obras como "A Paixão de Maria Madalena", Maria, Rainha dos Escoceses”, "As Memórias de Cleópatra" e a referida Autobiografia de Henrique VIII”. Está prevista a publicação de um romance sobre a vida de Isabel I de Inglaterra em Abril de 2011.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Conto "A vendedora de fósforos" de Hans Christian Andersen

Fazia um frio horrível, nevava e o dia escurecera. Era véspera de Natal Naquele frio, naquela escuridão, perambulava pelas ruas uma pobre menina com os pés descalços roxos de frio. Carregava em seu velho avental pacotes de fósforos, mas naquele dia ninguém lhe comprara nada. Não havia conseguido nem ao menos uma única moedinha. Caminhava franzina, faminta. Era a própria imagem do desalento com os flocos de neve caindo-lhe pelos longos cabelos louros. Todas as janelas estavam iluminadas, e o cheiro dos assados resplandecia no ar, pois era véspera de Natal.
Abrigou-se entre duas casas, encolhendo-se contra as paredes, trespassada de frio e de fome. Não ousava voltar para casa pois não havia vendido nada e seu pai a espancaria. E depois em casa também fazia muito frio.
Com as mãozinhas duras de frio pegou um palito de fósforo e acendeu.
A chama do fósforo se elevou como uma velinha aquecendo a mãozinha gelada. A menininha teve a impressão, então, de estar sentada diante de uma lareira toda adornada. Mas quando a chama se apagou a lareira desapareceu e restou-lhe na mão apenas um toco de fósforo queimado.
A menina, então, acendeu outro fósforo e viu-se em uma sala diante de uma mesa com toalha alvíssima, toda enfeitada de porcelanas, com assados, doces e frutas finas. Quando ela ia alcançá-los o fósforo apagou-se e ela viu-se novamente sentada no chão morrendo de fome e de frio. A menina acendeu mais um fósforo e viu-se sentada debaixo da mais bela árvore de Natal como jamais havia imaginado. Milhares de anjinhos que enfeitavam a árvore inclinaram-se para olhá-la. A menina estendeu a mão para tocá-los mas o fósforo se apagou. Rapidamente acendeu outro fósforo.
A chama lançou uma enorme claridade ao redor, e diante de tanta LUZ, estava a sua velha avó, a única pessoa que a havia tratado bem neste mundo. Radiante a olhava com muita doçura. A menininha gritou: VOVÓ!! Me leva daqui, me leva com você. Sei que quando o fósforo apagar vai desaparecer, como a lareira, como a ceia, como a árvore de Natal. E ela, apressadamente, acendeu todos os fósforos de uma só vez pois queria reter a vovó. Os fósforos, então, lançaram uma luz brilhante, mais radiante que a Luz do Sol. A vovó tomou a menininha nos braços, e em meio ao esplendor, voou com ela para Deus, para um lugar onde não havia nem fome, nem frio.
No dia seguinte, naquela rua gelada, encontraram a menininha morta, ainda sentada, com o rostinho corado, um sorriso nos lábios segurando nas mãozinhas um pacotinho de fósforos queimado.
“Coitadinha - disseram as pessoas. Deve ter morrido de frio. Acendeu os fósforos para aquecer-se.”
Mas o que ninguém sabia era das belas coisas que ela vira e nem do esplendor em que ela e sua querida avozinha tinham subido para Deus, para aquele lugar onde não existe fome e nem frio.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Palestra "A Caricatura em Os Maias"


No dia 29 de Novembro de 2010, pelas 10:15h, decorreu, no auditório da Escola Secundária de Seia, a palestra A Caricatura em Os Maias, dinamizada pela professora Orlanda Moreira, docente da referida Escola. Estiveram presentes na actividade os alunos do 11º ano das turmas A, D, E e F e respectivos professores acompanhantes.
A professora Orlanda Moreira iniciou a palestra dando uma perspectiva geral da obra, particularizando para a caricatura em “Os Maias”, através de uma interpelação directa aos presentes acerca de alguns aspectos da sociedade da época.
Para abordar, concretamente, esta temática, apresentou a caricatura de Eça de Queirós (Rui Pimentel, Visão, 01/06/2000), que explorou de forma muito clara e objectiva.
Apresentou, no decurso da palestra, as personagens da obra “Os Maias” que Eça de Queirós destaca através da caricatura: Eusebiozinho, João da Ega, Dâmaso Salcede, Conde de Gouvarinho, Tomás de Alencar, Condessa de Gouvarinho, Craft e Palma Cavalão.
Referiu de forma breve os ambientes sociais caricaturados na obra: O Jantar no Hotel Central, a Corrida de Cavalos, o jantar em casa dos Gouvarinho, os episódios dos jornais Corneta do Diabo e a Tarde e o Sarau Literário do Teatro da Trindade.
A actividade foi muito interessante, apresentada de forma bastante criativa, o que permitiu aos presentes consolidarem os conhecimentos já adquiridos com o estudo da obra.
Obrigada à colega pela sua disponibilidade demonstrada para realizar a actividade, contribuindo para a concretização das actividades inseridas no Projecto “As 5 Portas da Leitura: Promoção do Livro e da Leitura, premiado pela RBE com a Candidatura de Mérito.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Oficina "Orquestra de Palavras - Sermão de Santo António aos Peixes"

Este livro é o resultado de uma actividade desenvolvida na Biblioteca da Escola Secundária de Seia, em Outubro de 2008, dinamizada por Paulo Condessa, com três turmas do 11º Ano - A, D dos Cursos de Ciências e Tecnologias e de Ciências e Humanidades e a turma do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial.

Myebook - Orquestra de Palavras - click here to open my ebook

sábado, 27 de novembro de 2010

Poemas de Fernando Pessoa

Às vezes, em sonho triste
Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
Apenas em ser feliz.

Vive-se como se nasce
Sem o querer nem saber.
Nessa ilusão de viver
O tempo morre e renasce
Sem que o sintamos correr.

O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
Nesse país por onde erra
Meu longínquo divagar.

Nem se sonha nem se vive:
É uma infância sem fim.
Parece que se revive
Tão suave é viver assim
Nesse impossível jardim.



















Tédio

Não vivo, mal vegeto, duro apenas,
Vazio dos sentidos porque existo;
Não tenho infelizmente sequer penas
E o mau mal é ser (alheio Cristo)
Nestas horas doridas e serenas
Completamente consciente disto.

Deus

Às vezes sou o Deus que trago em mim
E então eu sou o Deus e o crente e a prece
E a imagem de marfim
Em que esse deus se esquece.

Às vezes não sou mais do que um ateu
Desse deus meu que eu sou quando me exalto.
Olho em mim todo um céu
E é um mero oco céu alto.















Porque vivo, quem sou, o que sou, quem me leva?
Que serei para a morte? Para a vida o que sou?
A morte no mundo é a treva na terra.
Nada posso. Choro, gemo, cerro os olhos e vou.
Cerca-me o mistério, a ilusão e a descrença
Da possibilidade de ser tudo real.
Ó meu pavor de ser, nada há que te vença!
A vida como a morte é o mesmo Mal!

Adivinhas

As adivinhas desenvolvem o poder de observação da realidade e a capacidade de reflexão.

Deixo-vos, aqui, algumas, podendo, através dos comentários, dar as vossas respostas às mesmas.

O que é que se mete no sapato mas não é o pé?

O que é que tem dois bicos, quatro patas, muitas penas, faz quá-quá e não é um pato?

Verde foi o meu nascimento e de luto me vesti, para dar luz ao mundo mil tormentos padeci.

O que é que é que vai deitado e vem em pé?

À meia-noite se levanta o francês,
Sabe das horas, não sabe do mês,
Tem esporas, não é cavaleiro,
Tem serra, não é carpinteiro,
Tem picão, não é pedreiro,
Cava no chão, não acha dinheiro.

Divirtam-se a tentar encontrar as respostas correctas....

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Élcio di Trento na BE da Escola Secundária de Seia

Élcio di Trento esteve no auditório da Escola Secundária de Seia, no dia 25 de Novembro, pelas 10:15h, dinamizando uma sessão de contos, gentilmente cedida pela Biblioteca Municipal.
O público presente era composto por alunos do 10º ano (turmas F e I) e 11º ano (turma H).
Élcio di Trento presenteou-nos com vários contos, tais como, “A Árvore Generosa” de Shel Silverstein, “Sebastião” de Manuela Bacelar, “Ida e Volta” de Juarez Machado, “A Rainha das cores” de Jutta Bauer, “O caso do bolinho” de Tatiana Belinky e “Uma História sem fim”.
Foi uma sessão muito interessante, pois Élcio di Trento não se limitou a contar, interagiu com os alunos e solicitou a sua colaboração para contar o conto “Sebastião”, uma vez que se tratava de um conto sem texto. O mesmo aconteceu com o conto “Ida e Volta” em que os alunos colaboraram no processo de contar a história que se depreendia das ilustrações.
Um obrigado muito especial ao contador Élcio di Trento pela forma como nos encantou a todos e à Biblioteca Municipal por nos ter proporcionado este momento de encanto.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Espectáculo "Livro que ladra não morde"



No dia 22 de Novembro, pelas 14h, os alunos do 6º ano das Escolas dos Agrupamento de Escolas do Concelho de Seia, assistiram, no auditório da Casa Municipal da Cultura, ao espectáculo "Livro que ladra não morde", apresentado pelo Grupo A Gaveta.
Os alunos gostaram muitíssimo do espectáculo, tendo assistido ao mesmo de forma entusiástica e atenta.
Este espectáculo foi da responsabilidade da Biblioteca Municipal em articulação com a Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Poema do Mês de Novembro: "Soneto 4" - Alma perturbada

Bem como se perturba a clara fonte
na agitação contínua da corrente,
a minha alma sossego não consente,
por mais que nos meus ais ânsias desconte.

De cuidado em cuidado, monte em monte
me leva este pesar que o peito sente,
sempre diviso aflita, descontente,
os princípios da luz pelo horizonte.

De quem vem este mal? Um mal tão claro
vem de um vago sentir que na alma pesa...
Amor! Serás comigo sempre avaro?

Amor em mim é filho da tristeza!
Eu sinto o coração ao desamparo....
Pune, oh Deus, pelas leis da natureza!

Marquesa de Alorna

Livro do Mês de Novembro: "A Manopla de Karasthan"

Na imensidão cósmica existe um mundo, Allaryia, de grandes heróis e vilões infames, de seres de uma beleza indescritível e criaturas maléficas de uma fealdade atroz, nações poderosas e impérios tirânicos. Depois de muitas eras que alternaram entre a paz e a discórdia, encontramos neste primeiro volume das Crónicas de Allaryia um tempo de aparente tranquilidade. O povo de Allaryia perdeu o seu campeão - Aezrel Thoryn, provavelmente morto numa batalha contra o Flagelo, a força das trevas, em Asmodeon – e, mais do que nunca precisa de protecção. Aewyre Thoryn, o filho mais novo do saudoso rei, pega em Ancalach, a espada do seu pai, decide descobrir o que realmente lhe aconteceu e parte a caminho de Asmodeon. O que o jovem guerreiro não podia prever era que a sua demanda pessoal se iria transformar na demanda de um grupo particularmente singular, que reunirá a mais estranha e inesperada mistura de seres.



Filipe Faria nasceu em 1982, em Lisboa. Frequentou a Escola Alemã de Lisboa desde o jardim-de-infância até completar o 12º ano de escolaridade. O contacto e convívio com aquela cultura de origem germânica, tão diferente da nossa, possibilitaram a abertura de novos horizontes. Impulsionado pelo forte interesse demonstrado pelo período negro da Idade Média, e pela descoberta algo fortuita de uma verdadeira relíquia na biblioteca escolar – a Tolkien Bestiary -, cultivou, desde cedo, a paixão pela literatura fantástica. As «Crónicas de Allaryia» assinalam a sua estreia no mundo literário. Uma obra que nasceu de uns esboços de uma aventura que lentamente ganharam corpo e forma e evoluíram para um livro de quase 600 páginas. Em 2001, foi o vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian e Jornal Expresso. Em 2002, ganhou o Prémio Matilde Rosa Araújo - Revelação na Literatura Infantil e Juvenil. Actualmente, encontra-se a frequentar o curso de Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. E o resto é uma história ainda por escrever… Na obra do jovem autor contam-se livros como: Os Filhos do Flagelo, Marés Negras, Vagas de Fogo, Talismã e O Fado da Sombra.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Os Maias": Episódios da Vida Romântica

Os alunos do 11º ano da Escola Secundária de Seia assistiram ao espectáculo teatral Episódios da Vida Romântica – adaptação do romance “Os Maias” de Eça de Queirós - no dia 18 de Novembro, no Cine Teatro Jardim de Seia. Este espectáculo, produzido pelo Há Cultura, foi encenado por Norberto Barroca com a participação dos actores Vânia Formas, João Loy e Paulo Oliveira.
O espectáculo deu a conhecer ambientes (“ruas e espaços de habitação, modas e hábitos de oralidade”) e personagens (“Carlos da Maia, João da Ega, Maria Eduarda, Dâmaso Salcede, os Gouvarinho e o Castro Gomes”) de forma irónica, proporcionando momentos de boa disposição à plateia.
Os alunos gostaram muito do espectáculo e mantiveram, no decurso do mesmo, uma postura muito correcta e interessada.
Esta actividade de complemento curricular concretizou-se no âmbito do Projecto Ideias com Mérito da Biblioteca Escolar “As 5 Portas da Leitura: promoção do Livro e da Leitura”.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oficina "Leituras de Corpo Inteiro"



No dia 21 de Setembro de 2010, decorreu, na Sala de Estudo, da Escola Secundária de Seia, a oficina “Leituras de Corpo Inteiro”, dinamizada pela professora bibliotecária. Os destinatários desta actividade foram os alunos do 10º K, do Curso Profissional Técnico de Apoio Psicossocial.
Os alunos participaram de forma activa, criativa e desinibida nas actividades da oficina, demonstrando, também, alguma originalidade na concretização das actividades solicitadas.

sábado, 30 de outubro de 2010

Élcio di Trento na BE da Secundária de Seia


Esta actividade é da iniciativa da Biblioteca Municipal, a quem agradecemos a possibilidade de os alunos da Escola Secundária de Seia usufruirem de momentos de agradável descontração com o grande contador de histórias Élcio di Trento.

"Os Maias": Episódios da vida romântica


No dia 18 de Novembro, os alunos do 11º ano da Escola Secundária de Seia vão assistir, no Cine Teatro Jardim, a uma peça levada à cena pelo grupo Há Cultura, que abordará os Episódios da Vida Romântica da obra "Os Maias" de Eça de Queirós, conteúdo integrado no programa de português do referido ano.
Este espectáculo é financiado pela RBE, através do concurso Ideias com Mérito, que premiou o Projecto "As 5 Portas da Leitura: Promoção do Livro e da Leitura", no ano 2009, a fim de ser desenvolvido nos anos lectivos 2009-2011.