Mãe
Conheço a tua
força, mãe, e a tua fragilidade.
Uma e outra têm a
tua coragem, o teu alento vital.
Estou contigo
mãe, no teu sonho permanente na tua esperança incerta
Estou contigo na
tua simplicidade e nos teus gestos generosos.
Vejo-te menina e
noiva, vejo-te mãe mulher de trabalho
Sempre frágil e
forte. Quantos problemas enfrentaste,
Quantas aflições!
Sempre uma força te erguia vertical,
sempre o alento
da tua fé, o prodigioso alento
a que se chama
Deus. Que existe porque tu o amas,
tu o desejas.
Deus alimenta-te e inunda a tua fragilidade.
E assim estás no
meio do amor como o centro da rosa.
Essa ânsia de
amor de toda a tua vida é uma onda incandescente.
Com o teu amor
humano e divino
quero fundir o
diamante do fogo universal.
António
Ramos Rosa, in 'Antologia Poética'
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