quarta-feira, 4 de março de 2020

Livro do mês de março - "A dama negra da Ilha dos Escravos", de Ana Cristina Silva



A personagem central deste romance, D. Simoa Godinho, é uma das figuras históricas mais intrigantes e misteriosas da Lisboa do século XVI. Tendo nascido em S. Tomé, no seio de uma família rica de fazendeiros, acabaria mais tarde, já casada com o fidalgo Luís de Almeida, por vir viver para a capital do reino, onde viria a expressar o seu carácter profundamente humano através de inúmeras obras de solidariedade, nomeadamente junto da Misericórdia. Ficamos a conhecer toda a sua vida - a infância e juventude no exotismo de S. Tomé, a paixão por Luís de Almeida, a sua influência na sociedade lisboeta da época neste romance soberbo que tão bem soube captar as múltiplas nuances desta personalidade que tem apaixonado sucessivas gerações de historiadores.





Ana Cristina Conceição da Silva nasceu em Vila Franca de Xira, em 1964. É docente e escritora. Doutorada em Psicologia Educacional pela Universidade do Minho, especializou-se na área da aprendizagem da leitura e escrita, desenvolvendo investigação no domínio das aquisições precoces da linguagem escrita, ortografia e produção textual. Tem obra científica publicada em Portugal e no estrangeiro. Para além disso, tem-se dedicado à criação literária. Tem artigos científicos publicados em revistas e obras coletivas portuguesas e estrangeiras. Em 2002, faz a sua primeira viagem pela literatura com “Mariana, todas as cartas”, tendo dado continuidade a esta viagem de forma profícua e avassaladora: “A mulher transparente” (2003), “Bela” (2005), “À meia-luz” (2006), “As fogueiras da inquisição” (2008), “A dama negra da ilha dos escravos” (2009), “Crónica do Rei-Poeta Al-Um’Tamid” (2010), “Cartas vermelhas” (2011 – selecionado livro do ano pelo jornal Expresso e finalista do Prémio Literário Fernando Namora), “O rei do Monte Brasil” (2012 - finalista do Prémio SPA/RTP e do Prémio Literário Fernando Namora, e vencedor do prémio Urbano Tavares Rodrigues), “A segunda morte de Anna Karénina” (2013 - finalista do Prémio Literário Fernando Namora), “A noite não é eterna” (2016 - venceu o Prémio Fernando Namora), “Salvação” (2018), “As longas noites de Caxias” (2019) e “Rimbaud, o Viajante e o Seu Inferno” (2020).

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